Lula Discursa na Assembleia-Geral da ONU com Foco em Amazônia e Reforma Global
Hoje discutiremos o tão aguardado discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece em Nova York, Estados Unidos. Este discurso é significativo porque Lula abordará questões importantes, incluindo a necessidade de mudança na governança global e a adição de novos membros permanentes ao Conselho de Segurança da ONU. Acompanhe os detalhes de um evento que possa influenciar o cenário global.
A Importância da Reforma na Governança Global
Lula, conhecido pela sua influência política e visão global, irá enfatizar a necessidade de reformar o sistema de governação global. Ele afirma que o paradigma pós-Segunda Guerra Mundial não é mais relevante, dada a complexidade da geopolítica no século XXI. Esta é uma questão crítica, uma vez que a ONU desempenha um papel crucial na promoção da paz e da segurança internacionais.
A mudança proposta por Lula visa proporcionar às nações uma representação mais precisa e eficaz no cenário global. Finalmente, porque é que os Estados Unidos, o Brasil, a Índia, a África do Sul e a Alemanha não têm assentos permanentes no Conselho de Segurança da ONU? Esta é uma das perguntas que Lula faz num esforço para testar o sistema atual e defender uma revisão equitativa.
O Brasil como País de Abertura na ONU
É importante lembrar que o Brasil desempenha um papel ímpar na Assembleia Geral da ONU desde 1947, abrindo os discursos da organização. Embora não haja uma explicação oficial para essa tradição, especula-se que ela se deva ao significativo trabalho realizado pelo diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, que liderou a Assembleia Geral em 1947. Além disso, dada a posição neutra do Brasil na época da Guerra Fria, a decisão de iniciar os trabalhos ali pode ter sido tomada para evitar tensões entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Outros Compromissos e Reuniões Bilaterais
Antes do seu discurso na ONU, o Presidente Lula realizará uma série de reuniões bilaterais com líderes globais proeminentes. Isso demonstra o compromisso do Brasil em manter fortes laços diplomáticos com diversas nações do mundo.
- 16h: Encontro com Alexander Van der Bellen, presidente da Áustria.
- 17h: Reunião com Olaf Scholz, chanceler da Alemanha.
- 18h15: Conversa com Jonas Gahr Støre, primeiro-ministro da Noruega.
- 19h: Encontro com Mahmoud Abbas, presidente do Estado da Palestina e da Autoridade Nacional Palestina.
Essas reuniões são oportunidades valiosas para discutir questões globais e fortalecer laços diplomáticos.
Transição Energética e Apelo aos Países Desenvolvidos
O tema da transição energética também terá destaque no discurso de Lula. Segundo Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, Lula fará um apelo para que os países desenvolvidos financiem esforços globais para facilitar a transição energética. Ele defende que é injusto que os países do Sul, como o Brasil, suportem todo o fardo desta transição. Silveira ressalta que a agenda verde beneficia tanto a paz mundial quanto o meio ambiente. As nações desenvolvidas, que já desfrutam de elevados padrões de vida, devem reconhecer a importância de apoiar financeiramente esta transição.
Dívida dos Países Ricos e Resultados Positivos
Lula reforçará o argumento de que os países desenvolvidos devem arcar com parte da culpa pelo “desenvolvimento industrial” dos últimos 200 anos. Ele disse durante o Congresso da Amazônia, em agosto, que a parcela dos países ricos no financiamento para o desenvolvimento ambiental excede US$ 100 bilhões, ressaltando a legitimidade do Brasil em tributar as nações em desenvolvimento. Um dos exemplos mais claros desta acusação é a diminuição significativa do despovoamento na Amazónia, que caiu 48% de Janeiro a Agosto em comparação com o mesmo período do ano anterior. Como consequência, a quantidade de dióxido de carbono que o Brasil emitia foi reduzida em cerca de 200 milhões de toneladas.
Reunião com Volodymyr Zelensky
O Palácio do Planalto informou que Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, aceitou o horário sugerido para uma reunião privada com Lula. Isso acontecerá às 16h30 desta quinta-feira (20), após o encontro de Lula com o presidente dos EUA, Joe Biden. O pedido para esta reunião partiu do lado ucraniano, demonstrando interesse pessoal em reforçar as relações binacionais.
Conclusão
Por abordar questões fundamentais para o cenário global, a expectativa é grande pelo discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU. As questões globalmente relevantes incluem a necessidade de uma reforma da governação global, a transição energética e a responsabilidade das nações em desenvolvimento. À medida que o mundo se volta para ouvir o que o Presidente Lula tem a dizer, as suas palavras têm o potencial de afectar a forma como os acontecimentos globais se desenvolvem.