A História de Heloísa dos Santos Silva

 

A História de Heloísa dos Santos Silva
                             Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Tragédia em Duque de Caxias: A História de Heloísa dos Santos Silva

Introdução

Heloísa dos Santos Silva, uma menina de apenas 3 anos, teve sua vida tragicamente interrompida no dia 16 de setembro. Ela estava internada no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, desde o dia 7 do mesmo mês, após ser atingida por um tiro na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Arco Metropolitano, em Seropédica.

A Luta de Heloísa

Heloísa passou 9 dias no CTI lutando bravamente pela vida. Na sexta-feira anterior à sua morte (15), o Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça a prisão preventiva dos três agentes envolvidos no incidente. De acordo com o boletim médico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, Heloísa sofreu uma parada cardiorrespiratória irreversível na manhã de sábado.

A Piora no Estado de Saúde

Na quarta-feira anterior à sua morte (13), Heloísa teve uma pequena piora em seu estado de saúde, que já era considerado instável e muito grave. Ela foi reanimada 6 minutos após uma parada cardíaca.

Apelo Familiar

Lorrany Santos, prima de Heloísa, pediu orações pela menina no sábado. “Gente, pelo amor de Deus, SÓ OREM PELA VIDA DA HELOISA. Só peço isso agora😭😭😭”, ela postou.

A Nota da PRF

A PRF emitiu uma nota de pesar. “Solidarizamo-nos com os familiares, neste momento de dor, e expressamos as mais sinceras condolências pela perda”, disse a instituição. A Comissão de Direitos Humanos da PRF está acompanhando a família para oferecer apoio e acolhimento psicológico.

O Depoimento dos Policiais

No primeiro depoimento dos policiais à Polícia Civil, o agente da PRF Fabiano Menacho Ferreira admitiu ter feito os disparos de fuzil que atingiram a menina. Ele afirmou que os policiais se concentraram no veículo Peugeot 207 e que a placa indicava que o carro era roubado.

A Versão dos Agentes

Eles seguiram o veículo, ligaram o giroflex e acionaram a sirene para que o condutor parasse. No entanto, depois de cerca de 10 segundos atrás do veículo, ouviram um som de disparo de arma de fogo e se abaixaram dentro da viatura.

Fabiano Menacho disse que então disparou três vezes com o fuzil na direção do Peugeot porque a situação o fez supor que o disparo que ouviu veio do veículo da família de Heloísa. Os outros agentes, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva, confirmaram a versão do colega.

A Versão da Família

Desde o início, a família afirmou que o tiro partiu de uma viatura da PRF. William Silva, pai da menina baleada e motorista do veículo, disse que passou pelo posto da PRF e não foi abordado em nenhum momento. Ele percebeu que uma viatura começou a segui-lo e ficou muito próxima ao seu carro.

“A Polícia Rodoviária Federal estava parada ali no momento que a gente passou. A gente passou e eles vieram atrás. Aí eu falei: ‘Bom, tudo bem, mas eles não sinalizaram para parar’. E aí, como eles estavam muito perto, eu dei seta e, neste momento, quando meu carro já estava quase parado, eles começaram a efetuar os disparos”, explicou ele.

William disse que sua reação foi sair do carro o mais rápido possível para que os policiais soubessem que era uma família dentro do veículo. “Eu coloquei a mão para o alto, saiu todo mundo, só a minha menorzinha que ficou dentro do carro. Aí foi a hora que eu entrei em choque”, lamentou.

A Investigação

A PRF e o Ministério Público Federal (MPF) também estão investigando um agente que esteve à paisana no hospital onde Heloísa estava internada. Imagens das câmeras de segurança do Adão Pereira Nunes mostram o policial entrando no local sem se identificar e sendo seguido por um segurança até o corredor da emergência pediátrica.

O Depoimento do Pai

William Silva esteve no MPF na segunda-feira (11) para prestar depoimento. Ele contou que chegou a conversar com o agente da PRF. “[Ele] não se sentiu ameaçado, chegou a conversar com esse policial. No curso das investigações, se ficar provado que esse policial entrou no CTI sem autorização, evidentemente pode ser caracterizado um abuso de autoridade sem prejuízo de sanções disciplinares por parte da PRF”, disse o procurador da República Eduardo Benones, que investiga o caso.

A Corregedoria da PRF

A corregedoria da Polícia Rodoviária Federal informou que identificou o agente e está investigando a conduta dele. “A Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal foi ao hospital no mesmo dia e identificou o policial que esteve na unidade sem autorização. Por padrão, a PRF não divulga informações pessoais dos seus servidores. Como a presença se deu sem autorização e sem o conhecimento da PRF, foi aberto um procedimento na Corregedoria para apurar as razões”, informou a PRF em nota.

Conclusão

A história de Heloísa é uma tragédia que chocou todo o país. A investigação sobre o caso continua e esperamos que a justiça seja feita. Nossos pensamentos estão com a família de Heloísa neste momento difícil.

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